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A asma é uma doença crônica das vias respiratórias caracterizada por inflamação e estreitamento das vias aéreas, o que causa sintomas como tosse, chiado no peito, falta de ar e opressão torácica. Esses sintomas podem variar em intensidade e frequência, e são geralmente desencadeados por fatores como alérgenos, poluição, infecções respiratórias e exercícios físicos.
Na asma, as vias aéreas ficam inflamatórias e hiper-reativas, o que significa que respondem de maneira exagerada a estímulos. Esse processo inflamatório leva ao aumento da produção de muco, contração dos músculos ao redor das vias aéreas (broncoespasmo) e aumento da produção de células inflamatórias.

Os fenótipos da asma referem-se a diferentes apresentações e características clínicas da doença, que podem ajudar a direcionar o tratamento. Os principais fenótipos incluem:

 

1. Asma Alérgica (ou Atópica):

É o tipo mais comum de asma, geralmente associada a uma resposta alérgica a alérgenos como pólen, pelos de animais, ácaros e mofo.

Frequentemente apresenta altos níveis de imunoglobulina E (anticorpo IgE) no sangue e eosinófilos nas vias aéreas. Geralmente piora em resposta a exposição a alérgenos e pode estar associada a outras condições alérgicas como rinite alérgica e eczema.

 

2. Asma Não Alérgica (ou Não Atópica):

Não está associada a respostas alérgicas típicas. Pode ser desencadeada por fatores como infecções virais, poluição do ar, mudanças climáticas, ou estresse.

 

3. Asma Aspirina-Associada (ou Asma Sensível a AINEs):

Associada ao uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como aspirina e ibuprofeno, que podem desencadear sintomas asmáticos.

Muitas vezes está associada a uma triade conhecida como triade de Samter ou triade de Widal, que inclui asma, rinossinusite e polipose nasal.

Os sintomas podem piorar com a ingestão de medicamentos anti-inflamatórios e podem ser graves.

 

4. Asma Induzida por Exercício:
É desencadeada por atividades físicas, especialmente em ambientes frios e secos.

 

5. Asma de Início na Idade Adulta**:

Desenvolve-se após a infância e pode ser menos associada a alergias e mais comumente associada a fatores ambientais e de estilo de vida.

Pode ser mais grave e resistente ao tratamento em comparação com a asma que começa na infância.

 

6. Asma Eosinofílica:

Associada a níveis elevados de eosinófilos, um tipo de célula inflamatória, nas vias aéreas. Frequentemente associada a uma resposta inflamatória mais grave e pode responder bem a medicamentos que diminuem a inflamação eosinofílica, como os corticosteroides e certos

imunobiológicos.

 

7. Asma Persistente:

Sintomas frequentes e contínuos, que ocorrem mais de duas vezes por semana e podem causar limitações nas atividades diárias.Geralmente requer tratamento com medicamentos de controle a longo prazo, como corticosteroides inalatórios ou imunobiológicos, dependendo da

gravidade.

 

8. Asma Intermitente

Sintomas ocorrem esporadicamente e não causam limitações significativas nas atividades diárias.

 

Esses fenótipos não são excludentes. Uma pessoa pode ter asma persistente grave e de início tardio, ou seja, vários fenótipos num mesmo quadro clínico. Assim, é importante que a pessoa seja avaliada individualmente porque cada um tem a “sua” asma.

 

Para o diagnóstico, é muito importante, além da anamnese e exame físico, testes alérgicos e espirometria.

 

Tratamento e Manejo

O tratamento da asma geralmente inclui:

     - Medicamentos de Alívio Rápido: Como broncodilatadores de ação curta para alívio rápido dos sintomas.

     - Medicamentos de Controle a Longo Prazo: Como corticosteroides inalatórios e modificadores de leucotrienos para reduzir a inflamação e prevenir sintomas. Imunobiológicos são medicações mais recentes que também ajudam no controle da asma grave, quando bem indicados.

     - Modificação de Estilo de Vida: Evitar alérgenos e irritantes, gerenciamento de estresse e exercício regular. Combater a obesidade e o sedentarismo são cada vez mais reconhecidos como fatores importantes no manejo de doenças alérgicas, especialmente asma. 

     - Imunoterapia: pode ser importante no caso de asma alérgica

O diagnóstico preciso e a classificação do fenótipo da asma ajudam a personalizar o tratamento para melhorar o controle da doença e a qualidade de vida dos pacientes.

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