CANNABIS MEDICINAL
O uso da cannabis para fins medicinais é relatado há muitos anos, mas apenas na segunda metade do século XX que as pesquisas científicas se tornaram exponenciais, após a descoberta do nosso sistema endocanabinóide.
Este sistema regulatório vital existente nos mamíferos está envolvido em praticamente todos os nossos processos fisiológicos e patológicos.
A interação dos nossos receptores endocanabinóides com os seus principais ligantes e enzimas sinalizadoras entre as células, modulam as mais variadas funções no organismo para estabelecer o equilíbrio dos diferentes órgãos e tecidos. Seu mal funcionamento interfere de forma significativa no desenvolvimento e progressão de doenças.
O equilíbrio desse sistema é imprescindível para nossa saúde.
Nosso organismo é capaz de produzir seus próprios endocanabinóides que se ligam a receptores celulares, principalmente os receptores CB1 e CB2, presentes no sistema nervoso central e periférico, nas células de gordura, do endotélio, do sistema gastrointestinal, imunológico e várias outras células.
A consolidação do potencial terapêutico da Cannabis é definida em função dos variados compostos químicos presentes na flores da planta conseguirem se ligar aos nossos receptores endocanabinóides, assim como uma chave e fechadura, equilibrando nosso organismo e trazendo mais qualidade de vida nos diversos contextos clínicos, a exemplo dos processos oncológicos, transtornos psiquiátricos, doenças ginecológicas, distúrbios gastrointestinais, doenças neurológicas e nos contextos de dores crônicas.
Apesar dos estigmas políticos e sociais por trás da planta, as milhares de pesquisas científicas em torno do sistema endocanabinóide e as propriedades terapêuticas da cannabis foram determinantes para que mais de 40 nações legalizassem o uso medicinal da cannabis, se consolidando como terapia segura e sólida nos diversos contextos clínicos:
• Dor crônica, cuidados paliativos
• Ansiedade, depressão e outras patologias psiquiátricas
• Transtorno de estresse pós-traumático
• Sintomas do climatério
• Espasticidade muscular na esclerose múltipla
• Redução de apetite e perda de peso no HIV/AIDS e durante tratamento oncológico
• Epilepsia grave e refratária
• Transtorno do Espectro Autista (TEA)
• Parkinson e Alzheimer
Quanto mais as pesquisas científicas avançam, mais a Medicina Endocanabinoide se consolida como terapia segura e promissora em diversos contextos clínicos.
Nós estamos atentos a esta mudança de paradigmas e temos a formação sólida para que possamos incorporar os derivados canabinoides com eficácia e segurança na prática de uma medicina personalizada e integrativa, com foco na significativa melhoria da qualidade de vida dos pacientes.