PASSEIO ILHA ANCHIETA UBATUBA

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Localizada próximo a Ubatuba, a Ilha Anchieta possui diversos lugares para mergulho e belas trilhas com cachoeiras e paisagens de tirar o fôlego. A Ilha Anchieta é a segunda maior ilha do Litoral de São Paulo (possui 828 hectares) e um dos principais atrativos turísticos do Município de Ubatuba.

Protegida com a criação do Parque Estadual da Ilha Anchieta, apresenta aos visitantes um grande espetáculo da natureza. Na ilha encontramos também um pouco da história do Brasil.

Habitada por índios até o inicio do século XIX, foi conhecida nesta época como Terra de Cunhambebe, que era o chefe da Confederação dos Tamoios. Batizada pelos colonizadores como Ilha dos Porcos, em 1904, teve nela instalada uma colônia correcional, posteriormente se transformando em presídio político. 

O presídio da Ilha Anchieta começou a ser construído em 1902, quando foram desapropriadas cerca de 412 famílias de colonos e caiçaras que habitavam o local. Em 1914, a Colônia Penal foi extinta, sendo os detentos transferidos para Taubaté. Em 1928, o presídio volta a funcionar, desta vez sendo destinado principalmente a presos políticos. Pouco depois a ilha, que se chamava na época Ilha dos Porcos, foi rebatizada como Ilha Anchieta em homenagem ao jesuíta.

No ano de 1942, com aproximadamente 273 detentos, a Colônia Penal passa a ser denominada como Instituto Correcional da Ilha Anchieta, passando a receber como residentes também soldados e suas famílias.

A desativação do presídio ocorreu após a sangrenta rebelião de junho de 1952. O ex-instrutor de alunos da Escola de Soldados de Taubaté, tenente da reserva PM Samuel Messias de Oliveira, é um apaixonado por história e vem resgatando há décadas, um episódio que poucos conhecem: a Rebelião dos Detentos, ocorrida em 1952, na Ilha Anchieta, na época um presídio de segurança máxima.

A rebelião, em 1952, foi considerada, segundo revistas e jornais da época, como o “maior levante de presos do mundo”. Policiais de Taubaté também participaram da tentativa de resgatar os 435 presos que tentavam fugir pelo mar, após conseguir dominar os policiais e agentes carcerários. O mentor da rebelião era João Pereira Lima, um sargento expulso da Força Pública que cumpria pena no Instituto Correcional da Ilha Anchieta, por ter assassinado um sargento da Aeronáutica. 

Hoje, a Ilha Anchieta passou a ser um Parque Estadual, administrado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Samuel, os descendentes dos policiais e detentos da Ilha Anchieta, formaram uma associação para preservar a memória do lugar, eles são os Filhos da Ilha.

Reúnem-se, sempre, no dia 20 de junho, data da rebelião, na Ilha Anchieta para recordar a história, que segundo Samuel, não deve ser esquecida. Os prédios que foram utilizados pelos presos e parte da estrutura do presídio estão em ruínas. O local é preservado como relíquia histórica do Brasil, e nele são realizados passeios onde monitores treinados levam o turista a viajar por um importante capítulo da história brasileira.

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