Preventivas em empilhadeiras: quando e por que fazer

Empilhadeiras em Jaú, SP

Preventivas em empilhadeiras: quando e por que fazer

prevenção

Muitos dos problemas que as empilhadeiras apresentam poderiam ser evitados se as manutenções preventivas fossem levadas a sério – inclusive, no que se refere à redução do consumo e ao desempenho do equipamento.

QUANDO FAZER
O intervalo de tempo para se fazer a manutenção preventiva das empilhadeiras varia de equipamento para equipamento. Mas na maioria dos casos, as preventivas devem ser feitas a cada 500 horas.

Os itens a serem observados também variam de acordo com a empilhadeira, sendo o principal deles, no caso das máquinas à combustão, a troca de óleo e filtro, uma vez que a lubrificação do equipamento é de grande importância tanto para garantir a durabilidade das peças como para o bom funcionamento e consumo adequado da empilhadeira (veja abaixo mais detalhes sobre lubrificação)

E no caso das empilhadeiras elétricas, a limpeza e a lubrificação dos componentes elétricos são os itens indispensáveis nas preventivas.

BENEFÍCIOS DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Detectar possíveis falhas ainda não aparentes – que inclusive podem envolver a segurança das operações.
Prolongar a vida útil das peças e do equipamento
Redução do consumo, uma vez que velas e filtros, por exemplo, vão refletir diretamente na economia.
Garantia de maior disponibilidade do equipamento – já que as manutenções corretivas demandam mais tempo e não são programadas
LUBRIFICAÇÃO DE EMPILHADEIRAS

Assim como acontece com os carros, muita gente ainda não se deu conta do quanto à lubrificação interfere no desempenho, na economia e na vida útil das peças e componentes das empilhadeiras.

Estudos indicam que os técnicos e operadores que zelam pela lubrificação vão perceber um custo menor de manutenção de até 35%. E o mais impressionante é que você poderá ter uma vida útil 10 vezes do equipamento maior se forem observados todos os cuidados com a lubrificação.

FUNÇÕES DO LUBRIFICANTE
Como você sabe, o funcionamento do motor acontece por movimento. E esse movimento entre as peças acaba gerando um atrito e o cisalhamento desses componentes. É aí que entra o trabalho do lubrificante – ele forma uma película que impede o contato direto entre essas superfícies, reduzindo o atrito e evitando o desgaste das peças.

Mas não é só isso. O lubrificante também tem outras funções importantíssimas, como:

Resfriar as peças evitando o aumento excessivo da temperatura
Manter a vedação dos sistemas (ele impede a entrada de detritos ou de gazes no motor)
Limpar as impurezas do motor
Transmitir força no caso de sistemas hidráulicos
ADITIVO
Hoje os óleos sintéticos e semissintéticos, diferentemente dos antigos óleos minerais, já possuem em seus compostos aditivos para melhorar a performance do lubrificante e, consequentemente, o desempenho da sua empilhadeira.

Os princípios mais relevantes dos aditivos acrescentados no óleo são:

Dispersantes: dissolver e impedir a formação de depósito de detritos
Detergente: impedir a formação de depósitos e estratos de ferrugem em altas temperaturas
Antioxidantes: evitar o contato direto ente as partes mecânicas em movimento
Modificadores de atrito: melhorar as propriedades lubrificantes do óleo
Abaixadores do ponto de fluidez: permitir a utilização do óleo em baixas temperaturas
LUBRIFICANTES PARA EMPILHADEIRA
As empilhadeiras utilizam os mesmos óleos de veículos automotivos – ou seja, não há necessidade de se utilizar um lubrificante feito exclusivamente para o equipamento, pois os automotivos atendem plenamente as exigências de lubrificação da empilhadeira.

Existem três tipos de lubrificantes:

Minerais: o óleo mineral possui uma pequena combinação de aditivos e é obtido por meio do refino do petróleo. São mais baratos e atendem apenas as exigências dos motores mais antigos, e por terem uma durabilidade menor, as trocas são feitas com maior frequência. Este tipo de óleo não é indicado para empilhadeira por apresentar pouco desempenho e capacidade de proteção, se comparado aos modernos lubrificantes sintéticos.
Sintéticos: esses óleos, como o próprio nome diz, são fabricados e obtidos por meio de reações químicas. Por serem totalmente desenvolvidos em laboratório e de forma controlada, já são projetados para necessidades específicas.
Semissintéticos: este é o óleo mais indicado para empilhadeiras – pois durante a sua produção ele emprega tanto as qualidades do mineral como a do sintético – sendo de ótima qualidade e de custo mais acessível que os sintéticos.
CLASSIFICAÇÃO
Imagine que você vai comprar um lubrificante para empilhadeira e se depara com uma série siglas. Por exemplo:  Lubrificante API-SJ SAE 20W50

API SJ: API é a sigla que representa “nível de desempenho do lubrificante”. Ela é seguida da letra “S”, que se refere a motores à combustão movidos à gasolina. Se fosse um motor a diesel, seria API C, e se fosse um lubrificante para engrenagens, API GL.
Já a letra “J” indica a evolução do óleo – e quanto maior a letra, maior o estágio de evolução do lubrificante. Por isso os carros com tecnologia mais moderna só podem utilizar óleos SJ ou SM. Já os mais antigos, letras menores são mais indicadas.

SAE 20W50: Esta é indicação da viscosidade do óleo. SAE é a sigla em inglês de
“Sociedade de Engenheiros Automotivos”. O número em seguida vai indicar a viscosidade em baixas temperaturas. Quanto mais baixo for o número, mais apropriado para ambientes mais frios. Já o segundo número, o 50 (depois da letra W que significa inverno em inglês), indicará a viscosidade do óleo em altas temperaturas – ou seja, durante as operações da empilhadeira.

NOTA: hoje a maioria das embalagens vem com a identificação mais simplificada. Como neste exemplo do lubrificante API-SJ SAE 20W50, você provavelmente encontrará nos rótulos SJ 20W50.

JAMAIS MISTURE LUBRIFICANTES
Sabe aquela história de completar o óleo em vez de trocá-lo? Além de não ser indicado, há uma observação importantíssima para a saúde dos componentes e peças: você não deve misturar lubrificantes.

A principal razão para não completar o nível de lubrificante da vareta com um produto diferente é que os aditivos podem não combinar entre si – podendo, inclusive, um anular os benefícios do outro quando misturados.

Marcas também não devem ser misturadas – mesmo que o lubrificante tenha características iguais, pois cada fabricante de óleo utiliza aditivos próprios e que podem ser diferentes. Lembre-se: a má lubrificação pode ocasionar corrosão no motor, formação de borra, perda de eficiência do equipamento e aumento no consumo.

IMPORTANTE: Em última instância, caso você não encontre mais o óleo da mesma marca e precisa trocar, siga essas dicas: Não deixe uma gota sequer do lubrificante antigo na vareta – Troque o filtro – encha o cárter com o óleo novo até atingir o nível correto apontado na vareta.

GRAXAS
Pouca gente já parou pra pensar, mas as graxas utilizadas para lubrificação de componentes da empilhadeira são lubrificantes em estado pastoso, já que em formato líquido não teria o mesmo efeito para lubrificar certos componentes, como uma corrente, por exemplo.

Na hora de escolher a melhor graxa, deve-se levar em conta fatores como consistência, faixa de temperatura e propriedades anticorrosivas.

À base de cálcio: normalmente usadas em temperaturas de até 60ºC
De sódio: podem ser usadas em temperaturas entre -30ºC e 80ºC
À base de lítio: adequadas para temperaturas entre -30ºC e 110ºC
QUANDO TROCAR
Como vimos no início desse material, zelar pela lubrificação aumentará consideravelmente a vida útil dos componentes da empilhadeira.

Mas afinal, devo fazer a troca do óleo a cada quantas horas de uso?

Seríamos muito insensatos se respondêssemos essa pergunta com uma quantidade de horas válida para qualquer equipamento. Além de cada um possuir suas características próprias (daí a necessidade de seguir o Manual), há também variáveis que devem ser levadas em conta, como o tipo de uso da empilhadeira.

Há casos em qua a troca acontece a cada 500 horas, como há empilhadeiras que precisam dessa manutenção preventiva a cada 250 horas – daí a impossibilidade de limitar um tempo geral para todo equipamento.

IMPORTANTE: Lembre-se que lubrificação não se faz apenas no motor. Outros sistemas também devem ser lubrificados:

Diferencial: fique atento e dê atenção especial à lubrificação da coroa e do Pinhão. Geralmente, essa manutenção é feita a cada mil horas.
Mancais e cilindro: os mancais da torre e os cilindros de inclinação devem ser engraxados com frequência – principalmente se o equipamento trabalhar em lugares com poeira ou outro tipo de sujeira.
Eixo: o eixo direcional é outro componente que precisa ser engraxado com frequência – e assim como o mancal, se você operar em lugares com poeira a lubrificação deve ser mais frequente.
Transmissão: só quem já precisou fazer reparos na suspensão sabe a dor de cabeça e o prejuízo que isso dá. Portanto, muita atenção principalmente à lubrificação do conversor de torque do equipamento – pois é o componente com maior índice de atrito.
PLANOS DE LUBRIFICAÇÃO
Se você não tem ou não segue um plano de manutenção preventiva, é muito importante rever seus conceitos. É imprescindível um plano se você quiser que seu equipamento opere com mais desempenho e que os componentes tenha suas vidas úteis prolongadas.

Se você não tem, monte um plano junto com sua equipe ou peça auxílio para uma empresa especializada.

Neste plano deve conter a lubrificação, além do motor, de componentes como:

-Todos os engates e articulações
-Superfícies de atrito da torre
-Superfícies de atrito do carro porta garfos
-Mancais
-Correntes de elevação
-Rolamentos das rodas
-Eixo direcional, pino rei e terminais

E NO CASO DAS BATERIAS?
A manutenção preventiva também inclui o cuidado com as baterias, no caso das empilhadeiras elétricas. Fique atento sobre os fatores que podem comprometer a durabilidade das baterias:

Deixar que falte água: apesar de óbvio, há operadores que ainda falham neste processo.
Trabalhar com ela muito aquecida: Acima de 35°C, o sulfato de chumbo passa a perder suas propriedades e o componente vai decantando para o fundo da bateria.
Trepidação: em pisos irregulares e em manobras mais brutas: acontece de a massa desprender das placas e ficar alojada no fundo da bateria, também influenciando na durabilidade do componente.

Fonte: jmempilhadeiras


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