Manutenção de embreagem: saiba quando trocar as peças do seu carro

Oficinas Mecânicas para Carros em Jaú, SP

Manutenção de embreagem: saiba quando trocar as peças do seu carro

manutenção de embreagem

Uma das primeiras lições que aprendemos ao começar a dirigir é a troca de marchas, que é simplesmente indispensável durante a condução do carro. Mas disso todo mundo sabe, não é mesmo? Por incrível que pareça, porém, pouca gente se lembra de fazer a manutenção de embreagem. É comum que motoristas pensem a respeito apenas quando uma falha impede o veículo de rodar.

A boa notícia é que, utilizando peças de reposição de qualidade, tomando certos cuidados e fazendo as manutenções preventivas (como é o caso da troca do disco), o conjunto de embreagem é bastante durável! Aí a lógica funciona a favor do motorista: se forem poucas as vezes que seu automóvel precisa ir para a oficina por conta desse sistema, mais ele economizará com gastos em reparações mais graves.

Você ainda não entende exatamente como esse sistema funciona? Quer aprender a fazer sua manutenção corretamente? Então continue com a leitura para absorver essas e muitas outras informações relacionadas!

Como exatamente funciona a embreagem do carro?
Apesar de não parecer, o funcionamento da embreagem é bem simples. A ideia é fazer com que engrenagens girando em velocidades diferentes possam ser sincronizadas, a fim de desengatarem e engatarem o motor ao sistema de transmissão com o mínimo possível de impacto. Basicamente, esse mecanismo serve para ajudar o motorista nas situações de arranque e parada do veículo, assim como na troca de marchas.

O conjunto está localizado entre o motor e a caixa de câmbio, que, em vez de usar engrenagens, tem como base o atrito entre 2 discos para suavizar as mudanças de marcha. Essencialmente, portanto, utiliza-se a embreagem como uma peça intermediária que controla a conexão do torque do motor e o sistema de transmissão do carro.

Composição do sistema de embreagem
Dentre os principais componentes envolvidos nessa função, podemos citar a participação do platô (placa de pressão), do rolamento, do disco de embreagem e do cabo ou sistema hidráulico, que é acionado pelo condutor por meio do pedal esquerdo, o da embreagem. Veja a seguir como o sistema funciona:

o motorista acelera o carro até determinada velocidade, acionando então o pedal da embreagem;
um cabo flexível ou o fluido hidráulico movimenta um cilindro chamado de servo de embreagem;
o cilindro pressiona o colar de embreagem (um rolamento) contra o centro da mola diafragma;
a mola faz um movimento de alavanca e afasta o disco do volante do motor, fazendo-os perder contato e cortando a transmissão da rotação para a caixa de câmbio;
o disco para de girar e a marcha pode ser trocada, mesmo com o motor em funcionamento e o veículo andando;
depois da troca, o pedal é aliviado aos poucos, retornando a mola à posição original e pressionando o disco contra o volante do motor;
a energia da combustão volta a ser transferida para a caixa de câmbio por meio do atrito do disco com o volante.
Viu como o funcionamento desse sistema não é tão complexo como muitos tendem a imaginar? Na prática, ter conhecimento sobre o assunto certamente o ajudará a sanar eventuais problemas ocasionados por falhas nesse sistema com muito mais rapidez e precisão!

Qual é a vida útil do sistema de embreagem?
A verdade é que a vida útil do sistema de embreagem está relacionada a diversos fatores, que vão desde o material usado no sistema até o local onde o veículo é mais utilizado. Caso o carro rode mais nos grandes centro urbanos, por exemplo, o desgaste do kit é maior se comparado a veículos que circulam mais em estradas, pelo fato da troca de marchas ser menor nesse cenário.

Somada ao tipo de projeto de transmissão feito pelos engenheiros na fábrica, a qualidade das peças pode determinar a resistência e o tempo de uso da embreagem. Mas nada disso adianta se a forma como o condutor do veículo dirige é inadequada!

Conduzir o carro com o pé o tempo todo apoiado no pedal de embreagem, usar o sistema para controlar o carro em subidas em vez de pisar no freio e elevar exageradamente o giro do motor em arrancadas são ações que podem diminuir bastante a vida útil dos componentes.

Por isso, é muito importante adotar modos de condução corretos, o que ajuda a evitar gastos prematuros com reparos nesse mecanismo.

Se tudo for feito dentro do ideal, o conjunto pode durar mais de 100 mil quilômetros com facilidade, sabia?

Quando trocar a embreagem?
Para entender quando deve trocar a embreagem e quais manutenções devem ser feitas periodicamente, basta seguir as orientações contidas no manual do proprietário do veículo. De toda forma, alguns fatores podem indicar a necessidade de manutenção do conjunto, como:

pedal duro, que aponta para problemas no cabo ou sistema hidráulico de acionamento;
embreagem patinando, que pode ser causada por desgaste acentuado ou vazamento de óleo;
ruído excessivo, que representa montagem malfeita, desgaste ou quebra de componentes;
trepidação, que geralmente é causada por desgaste irregular ou afrouxamento das peças;
embreagem travada, que via de regra é ocasionada pelo fim da vida útil dos rolamentos.
Falaremos mais adiante, de forma mais detalhada, sobre cada um desses indicativos para a troca das peças, a fim de ajudá-lo a fazer um diagnóstico preciso sobre possíveis problemas.

Como aumentar a durabilidade do conjunto?
A essa altura, você já sabe que seguir as orientações do manual do proprietário do veículo no que se refere às manutenções preventivas é passo fundamental para aumentar a vida útil do conjunto de embreagem, certo? Além disso, é importante tomar alguns cuidados na condução para que o desgaste das peças seja menor. Nesse sentido, preparamos algumas dicas valiosas para a melhor utilização do sistema de embreagem. Veja!

Nada de deixar o pé apoiado sobre o pedal
O motorista só deve deixar o pé sobre o pedal da embreagem para acioná-lo e, claro, enquanto ele não é totalmente aliviado. Depois desse processo, pé e pedal devem ser mantidos longe um do outro! Isso porque a mínima pressão sobre o pedal já faz com que o cilindro fique pressionado e o disco seja levemente afastado do volante do motor. Assim, além de a mola diafragma ficar comprimida, perdendo sua flexibilidade, o desgaste no volante do motor e no revestimento de embreagem é acelerado pelo acoplamento irregular.

Nada de segurar o veículo apenas na embreagem nas subidas
Outro mau hábito de alguns motoristas que acaba prejudicando a durabilidade do conjunto é o de segurar o carro sem usar o freio nas subidas, fazendo o controle apenas por meio do pedal de embreagem. Além de manter a mola pressionada e a pouca pressão entre disco e volante do motor por um tempo muito grande, essa ação requer aceleração constante, fazendo com que tudo gire mais rápido, consequentemente aumentando o desgaste.

Nada de ficar com o pedal acionado enquanto estiver parado
Seja pelo trânsito ou pelo fechamento de um semáforo, é bom colocar o carro em ponto morto e tirar o pé da embreagem sempre que parar. Por mais que manter o pedal pressionado até o fundo não faça mal ao disco ou ao volante do motor, prejudica a vida útil da mola diafragma. Afinal, assim como qualquer outra mola, quanto mais usada ela é, mais tende a perder sua flexibilidade.

Nada de pular a primeira marcha nas arrancadas
Use sempre a primeira marcha para colocar o carro em movimento. Optar pela segunda marcha significa diminuir o torque nas rodas. Nesse caso, ao mesmo tempo em que será preciso aumentar a aceleração para fazer o veículo andar, o acoplamento da embreagem precisará ser mais lento. Ao aumentar o giro do motor e diminuir a pressão entre disco e volante, o desgaste desses componentes é acelerado.

Nada de desrespeitar o nível de carga do veículo
Esse ponto é de grande importância para aumentar a longevidade do conjunto. Lembre-se: quando o motorista ultrapassa o nível de carga do veículo, há uma maior necessidade de atuação da embreagem para movimentar o automóvel. Assim como no caso de arrancar o veículo em segunda marcha, o torque gerado pelo motor aqui também é menor, sendo preciso, além de aumentar o giro, desacelerar a desativação do pedal de embreagem. Com isso, o desgaste de todo o conjunto chega mais rápido.

Quais são os indicativos para a troca das peças?
A embreagem pode apresentar muitos sinais perceptíveis de desgaste. Ao serem detectados pelo condutor, tais indícios facilitam a identificação de eventuais anomalias no sistema, assim como se há a necessidade de substituição de alguma peça. Conhecer esses indicativos é de grande importância para otimizar o tempo de manutenção. Então não perca mais tempo: confira agora quais são os principais sinais!

Pedal pesado
Temos aqui um dos primeiros sinais geralmente percebidos pelos condutores de que a embreagem não está trabalhando perfeitamente: a dificuldade em acionar o pedal. Nesse contexto, é exigida uma força maior que a normal, além de serem notados problemas no engate das marchas.

Essa situação indica que os componentes do sistema de embreagem estão desgastados, demandando um esforço maior do conjunto para unir o disco ao platô, o que causa bastante desconforto na condução do veículo. Deve ser rapidamente corrigido.

Trepidação
Ao engatar a marcha e arrancar com o carro em uma situação normal, não se percebe nenhum tipo de trepidação. Se esse problema acontece, é sinal de que os componentes do sistema de embreagem podem estar desgastados. Na maioria dos casos, devido aos danos das peças, há uma má acoplagem entre platô e disco, gerando a trepidação sentida pelo motorista.

Dificuldade no engate
Outro indicador bastante útil para o diagnóstico de falha do sistema de embreagem é a dificuldade de engatar as marchas, o que provoca aqueles barulhos popularmente conhecidos como arranhadas. Para saber se isso está de fato acontecendo, basta ligar o motor e, com o pé acionando o pedal de embreagem, tentar engatar a primeira marcha ou a ré. Se o engate estiver difícil e surgirem barulhos durante o processo, é sinal de que o conjunto deve passar por uma manutenção corretiva.

Ruídos
Em geral, os ruídos funcionam como bons indicadores de avarias nos veículos. No caso do sistema de embreagem, eles podem indicar problemas como folga no rolamento e desgaste no disco. Uma boa maneira de avaliar o sistema é acionando o pedal de embreagem até o final com o carro ligado para observar se faz algum barulho. Pise e solte o pedal sem necessariamente engatar uma marcha. Ouviu alguma coisa? Pode ser o caso de fazer a revisão em todo o sistema.

Patinação
Pelo fato de os problemas ocasionados na embreagem normalmente surgirem de forma lenta, o condutor pode não perceber de início o aparecimento da anomalia. Uma dessas possíveis avarias é o desgaste do disco, que não apresenta o atrito ideal com o platô. Isso gera a patinação da embreagem, que nada mais é que o deslizamento no contato dessas peças.

Uma maneira de perceber esse problema é arrancando com o veículo em pista inclinada ou simplesmente trocando as marchas do carro. Ao fazer essas operações, o condutor perceberá que, mesmo elevando a rotação do motor, o automóvel não aumentará a velocidade na mesma proporção. Diagnosticada essa falha, deve-se o quanto antes providenciar a troca da embreagem.

Fonte: Blog Fras.le


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